sexta-feira, 25 de março de 2011

Terceiro Dia - 21.02.2011

Belo Horizonte – Brasil

1º. Movimento
Ao aeroporto de Confins (uma viagem).

Alegro
Jorge Dissonância me acompanha até o aeroporto.

Cantante

17-Hall do aeroporto de Confins.
(net foto)

O aeroporto Internacional Tancredo Neves em Confins, localiza-se a quarenta quilômetros do centro da cidade de Belo Horizonte. Foi inaugurado em 1984, mas passou mais de uma década praticamente como um “elefante branco”, e somente mais tarde foi reconhecida a sua importância no cenário aeroviário brasileiro. É o maior aeroporto de Minas Gerais.

Caminhante
Ontem, eu e alguns amigos almoçamos juntos para a minha despedida antes dessa longa viagem.


A companhia esteve ótima. A gora estou no aeroporto de Confins, o primeiro aeroporto de tantos outros que virão... e serão praticamente três meses muito solitários.


2º. Movimento
De Confins a Guarulhos.

20 - Nos céus de Minas Gerais

Cantante
O stress me invade. As interrogações são inúmeras e me cercam por todos os lados. Sei que esse não vai ser um projeto de fácil execução.


3º. Movimento
De São Paulo a Madri.

Alegro
São muitos os vôos diários que ligam o Brasil à Europa. A grande maioria parte do aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. Esse aeroporto é um inferninho... cheio demais e muito confuso.

Cantante
Viajo de um hemisfério da terra a outro.
A Linha do Equador é uma linha imaginária que divide o planeta terra em hemisfério norte e hemisfério sul. É importante observar como são diferentes os países que estão acima e abaixo dessa linha. Historicamente a maioria dos países do hemisfério norte sempre usurpou as riquezas, a força de trabalho e a energia dos povos do hemisfério sul. Basta estudar a história da Europa e dos Estados Unidos da América do Norte em comparação à história dos países da África e da América do Sul, para conhecer bem os fatos.

Agora, a crise econômica que assola o hemisfério norte tornou-se algo sem paralelo na história do capitalismo mundial. Quem sabe, algo novo surgirá nesse processo de globalização.

Caminhante
A única coisa da qual eu gosto aqui em Guarulhos é poder ouvir muitas línguas diferentes. Isso me dá a sensação de estar no lugar certo.

A aeronave parece inferior se a comparo com outros vôos internacionais que já fiz, com outras companhias aéreas. Inicio a viagem cansada, com sono e com vontade de comer algo bem bom.
Pura ilusão.

Não descanso não como bem e não consigo dormir, apesar de ter duas poltronas, dois cobertores e dois travesseiros somente para mim. Viro de lado, de posição na poltrona, sento, deito e não dou um cochilo...
Não sei, exatamente, quando eu por ar, cruzo a linha do equador, mas fico pensando lá em baixo, nas águas do oceano atlântico. Gostaria de estar viajando por mar, como meu pai fez durante a guerra, mas isso não foi possível.

Fico rezando ao deus Netuno e à deusa Iemanjá para que eles deixem a aeronave bem longe das águas.

Algumas vezes o medo me invade e mudo o foco do meu pensamento para não pensar nas profundezas do oceano.

Obs.: Até aqui, agradeço a Jorge Dissonância, Ricardo e Rosy Soares e Waldemar Euzébio.

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