domingo, 17 de abril de 2011


Décimo sexto dia - 19.03.2011

Cracóvia - Polônia


1º. Movimento
Fábrica de Oskar Schindler
103-A fábrica de Oskar Schindler. Cracóvia

Alegro
Em Cracóvia, a fábrica de Oskar Schindler, é um dos pontos mais visitados da cidade.

Cantante
Oskar Schindler nasceu em 1908, na Tchecoslováquia. Seu melhor amigo de infância era um menino judeu, que residia na casa ao lado da sua.
Sempre foi um boêmio, namorava muitas mulheres e gastava muito dinheiro.  Mesmo depois de seu casamento, em 1928, continuou com a mesma vida. Tinha inúmeras amantes.
Ambicioso, entra para o partido nazista com a finalidade de ganhar dinheiro.




104-Oskar Schindler
 (Foto:jewishvirtuallibrary.org)

Um dia, ao observar as atrocidades cometidas com os judeus em campos de concentração ele se transforma em um salvador de pessoas.
Com o lema, “aquele que salva uma vida, salva o mundo inteiro”, ele inicia sua missão de salvar tantos seres humanos quantos lhe fosse possível.

Sua fábrica de utensílios domésticos, em Cracóvia dominada pelos nazistas, empregou mais de 1.200 judeus, salvando-os de serem mortos.
         Ele os tratava com respeito e carinho. Conhecia a maioria pelo nome

105-Câmera fotográfica do acervo da Fábrica

Ele tinha amplo trânsito entre as autoridades nazistas, participava de festas, coquetéis etc, e negociava os nomes das pessoas que ele queria na sua fábrica, tendo que pagar por cada uma delas.
Diariamente, ele também pagava ao partido, uma taxa por cada trabalhador empregado em sua fábrica.
Apesar de não pagar salários aos seus operários, ele os manteve salvos até o final da guerra.

106-Carteira de trabalho do acervo da fábrica


107-Reprodução de fotografias encontradas em vitrine na parede exterior
da fábrica de Oskar Schinder

Seus ex-empregados declaram:
“Haverá outras gerações por causa do que ele fez”; “Ele me deu a vida. Salvou minhas irmãs e me salvou.’
E, sob o questionamento de Schindler sobre a possibilidade de ter salvo mais pessoas se tivesse gasto menos dinheiro com outras coisas um de seus operários lembra o lema “Aquele que salva uma vida, salva o mundo inteiro”.

Após o final da guerra, considerado traidor pelos alemães, ele recebe apoio de comunidades judaicas.
Em 1961, foi a Israel pela primeira vez, oitocentas pessoas o receberam no aeroporto. E, desde então, até o final de sua vida, quando morreu, em 1974, comemorou, em Israel, todos os anos, o seu aniversário.
Está enterrado em Israel, segundo seu próprio desejo.

Caminhante
Caminho, nesta antiga fábrica, pensativa e curiosa sobre como um nazista declarado, durante a guerra, mudou de opinião. Na minha cabeça ainda é controversa essa idéia, mas os fatos são inegáveis, e por isso comunidades judaicas têm muito respeito por Oskar Schindler, tratando-o como herói da defesa dos judeus durante a II guerra.
Ele deve ter resgatado, com sacrifício, os resquícios de humanidade que tinha para tomar uma atitude de libertação perante os oprimidos. Fico imaginando que anjo poderoso o ajudou nessa tarefa.

Em uma sala do museu, que trata de Cracóvia sob o domínio nazista, estão penduradas duas bandeiras nazistas, enormes. Eu passo mal olhando-as. Sufocada, procuro, sem encontrar, a saída da sala. Nunca tinha me imaginado frente a frente com esse símbolo, vivendo esta situação. A realidade de ver em livros, revistas ou filmes uma bandeira nazista é muito diferente de estar a 30 cm de duas delas, cada uma com o dobro do meu tamanho..

Termino este dia com a pergunta do filme “A lista de Schindler”, de Steven Spielberg :
“E nós, será que podemos fazer um pouco mais?”
 

Um comentário:

  1. Eliane, this is a fantastic project. I love how you treated your father's route and the mixing of your present experiences with those of the past. What a great project! Congratulations!

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