domingo, 5 de junho de 2011

Vigésimo quinto dia - 30.04.2011

Staffoli
169-Vistas de Staffoli, na primavera

1º. Movimento
Cerimônia

Alegro
Todos os anos, entre o final do mês de abril e o início de maio, nas localidades italianas onde o Brasil esteve lutando, acontecem cerimônias comemorativas da libertação do país e do final da guerra.

Cantante
Em Staffoli, onde já estive no inverno, funcionou o “Depósito de Pessoal da FEB”, o ponto de “estacionamento” da retaguarda, essencial em todo processo de guerra, no que diz respeito às atividades de suporte e substituição de tropas, e também para o serviço de transporte, de alimentação etc.

170-Sr. Giuliano Capppelle, historiador de Staffoli, abrindo o cerimonial

Hoje, na cerimônia, estão presentes várias autoridades locais, representantes do Brasil na Itália, e também muitas pessoas das comunidades circundantes que comparecem para prestar homenagem aos pracinhas. Na cerimônia acontece uma bênção, por um pároco local, e vários discursos. Todos ressaltam a importância da FEB, e o valor de manter viva essa história.

Um senhor, muito senhor, já beirando os noventa anos de idade, me diz: “Eu era  o sapateiro que fazia manutenção nas botinas dos soldados brasileiros”. Ele fala com tanto orgulho e felicidade que chega me dá gosto em ouvi-lo.

Caminhante
Considero meu pai, Gastão Veloso de Melo, homenageado nesta festa que agora acontece. Gostaria que ele estivesse aqui comigo... apesar de meus apelos, ele não quis vir, e alengou: “Eu não quero voltar lá”.

Estão todos, de alguma forma, aqui, porém o único veterano brasileiro fisicamente presente neste dia, em Staffoli, é o sr. Toninho (Antônio de Pádua Inhan), de Juiz de Fora, MG. Toninho elogia e ressalta a importância da retaguarda que permaneceu em Staffoli, dizendo: “Sem a retaguarda nós não poderíamos estar na linha de frente”. Achei muito lindo vê-lo falar isso. É um pensamento repleto de ética.
171-Veterano Antônio de Pádua Inhan, falando, em Staffoli
2º. Movimento
Este chão

Alegro
O acampamento de Staffoli hoje está todo enfeitado de verde e amarelo. Gostaria de ter, no Brasil, este patriotismo, e ficar feliz com as cores da pátria.

172-Nossas cores, em Staffoli

Caminhante
Fotografo este solo como quem fotografa um solo sagrado.

173-O solo de  Staffoli, coberto de capin seco


Após o cerimonial vamos todos até a administração da reserva para um delicioso lanche.

Um comentário:

  1. Eliane, seu Blog me emociona tal sentimento você consegue nos passar através de sua sinfonia e das fotos! Parabéns!
    Bilá Bernardes

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