quinta-feira, 19 de maio de 2011

Vigésimo terceiro dia – 26;04;2011

Da Holanda à Itália



148-Eu em dois momentos em Amsterdam


1º. Movimento
Minha vida na Holanda

á
149-Águas do  Mar do Norte, em Amsterdam

Alegro
Neste ponto do projeto agradeço a Ângela Magalhães, historiadora brasileira que fez minha conecção com a Holanda, e à Wilma Custers, designer holandesa que me recebeu em Amsterdam.

 À Ângela envio quatro imagens da cidade.


150-Quatro vistas de Amsterdam

Para Wilma, as tulipas, desejando que nunca faltem flores em sua casa, mesmo no mais frio dos mais frios invernos.


151-Um presente para os invernos


Cantante
Na Holanda costuma-se alugar parte da casa a pessoas que visitam ou trabalham temporariamente no país. Isso oferece oportunidade aos holandeses de ganhar algum dinheiro extra, e um conforto especial para quem pretende “morar” durante uma temporada.

Sendo Amsterdam uma cidade cara para quem pretende ficar em hotéis, essa alternativa é bastante confortável.

Caminhante
Eu alugo um quarto na casa de Wilma, onde permaneço por 33 dias, fazendo minha própria comida e confortavelmente instalada. Aprendo como andar nos ônibus e “trams” da cidade e também a forma mais econômica de usar esses transportes públicos... já me sinto quase uma holandesinha!



152-Meios de transporte


Além das tarefas referentes ao meu projeto, visito museus, parques, algumas cidades, e faço uma grande quantidade de fotos.

2º. Movimento
Presentes

Caminhante
Estou muito feliz por ter ficado este tempo na Holanda. E tenho vontade de mandar presentes.

Aqui envio duas imagens aos antepassados navegantes holandeses, que colonizaram minha terra, Pernambuco.


153-Aos navegantes holandeses

3º. Movimento
Viagem de volta à Itália



154-Amsterdam airport
(Fonte: holland-travel-guide.com)


AlegroWilma Custers me leva ao aeroporto. Um “regalo” muito carinhoso.

Cantante
“Schiphol” é o nome do aeroporto de Amsterdam. Um belíssimo, moderno e confortável terminal de passageiros.

Caminhante
Chego o aeroporto como quem vai deixando para trás uma vida inteira neste lugar. Adorei estar aqui. Ficarei com saudades.

Conheci muitas coisas importantes que foram sendo adicionadas ao meu projeto, e também fotografei a cidade, as tulipas, e, em especial, recebi carinho desse povo.

A viagem de volta para a Itália, a nova etapa do meu projeto dura somente duas horas.

Rapidamente retorno ao local onde meu pai esteve durante a II Guerra Mundial.
Por aqui pretendo realizar mais algumas “missões“ e depois retornar ao Brasil.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Vigésimo segundo dia - 21.04.2011

Amsterdam - Holanda

1º. Movimento
Esnoga Portuguesa

144-Esnoga portuguesa de Amsterdam

Alegro
Esnoga é o nome popular, português, pára sinagoga.

Cantante
A Esnoga portuguesa de Amsterdam foi fundada em 1675, para servir a uma comunidade de cerca de 3.000 fiés, em sua maioria, portugueses.

Na Esnoga todas as orações são rezadas em hebraico, com a pronúncia sefardita.

São chamados de judeus sefarditas os oriundos da península hibérica (Portugal e Espanha), por carregam em sua prática social e religiosa características culturais diferentes dos judeus oriundos de outras partes do mundo.

A história:
Em 1492 os judeus, (aproximadamente 90.000 pessoas) foram obrigadas a abandonar os territórios de Castela e Aragão, por determinação dos reis católicos Fernando de Aragão e Isabel de Castela;
Cerca de 30.000 pedirão a conversão ao catolicismo e obtiveram permissão para ficar. Cerca de 30.000 embarcaram para a Itália, norte da África e para o Império Otomano. (Para Império Otomano, ver http://pt.wikipedia.org/wiki/Imp%C3%A9rio_Otomano).
As restantes 30.000 atravessaram as fronteiras com Portugal, em busca de refúgio.
Em Portugal já existiam cerca de 30.000 judeus.
Com a vinda dos exilados castelhanos a comunidade passa a ter cerca de 60.000 pessoas.

Depois de cinco anos o rei D. Manuel I, de Portugal, ordenou a conversão geral, surgindo os “cristãos novos”.

Com a inquisição funcionando a todo vapor em 1540, acontece uma nova diáspora. Parte dos judeus migra rumo à Itália, notadamente para Veneza, Ferrara e Ancona, enquanto outros permaneceram fiéis ao catolicismo.

A partir desse momento a Holanda, em especial a cidade de Amsterdam, passa a ser um porto de abrigo e comércio para os judeus portugueses.

Em 1641, o haham Aboab da Fonseca  transfere-se para a nova comunidade judaico-portuguesa que se havia constituído no Recife, capital do Brasil Holandês, onde foi fundada a primeira sinagoga das Américas.
Migraram, para o Recife, 900 pessoas, o que significava quase metade da população judaica de Amsterdam daquela época.



Caminhante
O teto e várias partes da Esnoga de Amsterdam são feitos com jacarandá vindo do Brasil.


145-Jacarandá do Brasil Holandês

É surpreendente, para mim, a conexão que faço nesse ponto do meu projeto, com a história de Pernambuco, onde nasci e vivi boa parte de minha vida.

Estar nesta Esnoga é sentir-me absolutamente em casa.
Quantos lares uma pessoa tem em uma vida?

146-Mundos cruzados com jacarandá do Brasil



sábado, 14 de maio de 2011

Vigésimo primeiro dia - 18.04.2011

Amsterdam - Holanda



143-"I amsterdam"


1º movimento
Entrevistas “paz”


Alegro
Na cidade de Amsterdam encontramos muitos turistas. Por todos lados tem gente indo e vindo arrastando malas nas calçadas impecáveis  da cidade. As filas de museus tais como o de Von Gogh e a Casa de Anne Frank são sempre enormes.

Cantante
A Holanda é historicamente considerada um dos países mais liberais do mundo. Vivem na Holanda pessoas descendentes e oriundas de praticamente todos os lugares.

Já nos anos 1500, o pais era conhecido por ser liberal. Foi também considerado o paraíso para os judeus, por causa de sua tolerância à diversidade religiosa e cultural.

Caminhante
Somente ontem, pensando nas características deste país, e de Amsterdam, em especial, tive a idéia de entrevistar as pessoas nas ruas. Na verdade solicito que me deixem gravar em vídeo, cada uma delas dizendo seu nome, seu país de origem (em inglês) e a palavra PAZ em suas próprias línguas.

Meu objetivo é gravar 467 pessoas falando a palavra PAZ no maior número de línguas que me for possível encontrar quem se disponha, desta forma, a participar do meu projeto. 
Este trabalho de entrevistas se estenderá por muitos dias. Somente ao final postarei neste espaço o endereço onde todos poderão ver essa parte do projeto.


terça-feira, 3 de maio de 2011

Vigésimo dia - 10.04.2011

Rotterdam, Holanda.


1º. Movimento
Fire boundary

Alegro

136-Paz II - Rotterdam, Holanda
Acho o povo holandês gentil e amigável. Nesta parte do meu projeto a ajuda de pessoas desconhecidas foi fundamental, pois eu estava seguindo um mapa e a cada 10 ou 15 minutos, durante um dia inteiro, me perdia, ou supunha estar perdida. Acredito que pedi ajuda à metade da população da cidade de Rotterdam.

Cantante
Rotterdam foi a primeira cidade invadida pelo exército nazista. A idéia hitlerista de invadir os países um a um e ver o que acontecia para dali partir para outro país..

137- Invasão da Holanda
(fotos captadas de filme. fonte:
Na Holanda, primeiro eles invadiram Rotterdam com 10.000 soldados vindos do céu, em paraquedas, no dia 10 de maio de 1940.
Depois dessa primeira tomada da cidade, as autoridades holandesas se renderam para evitar derramamento de sangue.

Porém, após a rendição, os nazistas voltaram. Desta vez bombas desceram do céu, em 14 de maio de 1940, também em Rotterdam.
Nove minutos de ataques aéreos resultaram em mais de 30.000 holandeses mortos, a grande maioria, civis, e a cidade em chamas.
Esta foi a primeira grande demonstração de força nazista e tinha o objetivo de servir de lição para os outros países.

Caminhante


Ando por toda a área do ataque, marcada no mapa que tenho em mãos, no que ficou conhecido como “fire  boundary”, ou seja,
“fronteira do fogo”.

138-Monumento da fronteira do fogo

A cidade tem luzes, que permanecem acesas durante a noite, no chão das calçadas, formando todo o mapa do ataque.
Durante o dia, o que se vê é o símbolo criado com a finalidade de marcar essa fronteira e como forma de não deixar que ninguém esqueça o que aconteceu.

Sinto-me em missão de observação da lógica nazista. Uma busca de entender a metodologia por eles usada para dominar este país.
Busco valorizar a iniciativa dos holandeses que possibilitam essa caminhada fornecendo o mapa e as informações necessárias.


139-Meu caminhar

É uma experiência ímpar estar sozinha e fazer, em um dia, esse percurso em homenagem singela aos mortos holandeses deste massacre.


Encontro uma áarvore veterana.

140-Áarvore veterana- Rptterdam

A cidade de Rotterdam é moderna e muito bonita.
Hoje, domingo, está quase tudo de portas fechadas. Aqui encontro uma maratona e uma quantidade enorme de pessoas nas ruas... esta maratona também está no meu caminho, e por duas vezes preciso de dar uma volta enorme, saindo e voltando para o caminho do mapa.

141-Duas vistas de Rotterdam


Hoje, ao invés de bombas, o que se vê é um céu azul repleto de pássaros em festa.

 
142-O céu de Rotterdam